segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A incessante caça aos gambozinos...

Passo o tempo a pensar no que não é, passo os dias a chorar o que não foi, passo a vida a pensar no que quero que venha a ser...

Queria que tivesse sido, mas de que me vale? Não muda nada...não deixa de ser uma peça do passado, algo que se passou sem na realidade ter acontecido. Uma passagem demorada por um sofrimento que não acrescentou nada à minha vida...pelo contrário...roubou-me alegria, roubou-me confiança, roubou-me o brilho nos olhos e roubou-me tempo...(minto, descobri recentemente que me deu algo: um cabelo branco!!!)...Uma passagem que em nada deveria marcar e mesmo assim ainda pairam nuvens que teimam em não deixar brilhar o Sol...

O Sol...uma estrela que não tem ainda brilho mas que ameaça romper as nuvens e expulsar os fantasmas. Um Sol que não o é ainda...um Sol que desejo mas que aparece envergonhado, escondido. Brilha atrás das nuvens que se vão dissipando a custo...ou pelo menos eu espero que ele esteja lá atrás a brilhar, à espera que a cortina se rompa. Há um ar quente que me faz acreditar neste Sol...uma leve brisa morna que me roça a pele e me faz acreditar na luz.

Uma luz que quero, uma luz que busco...uma luz em que acredito mas que não sei sequer se existe...uma luz que imagino forte e quente. Essa luz já me aquece a alma, mesmo sem a ter ainda, mesmo sem saber se a vou ter...mesmo sem saber se atrás das nuvens brilha o Sol...

Ando atrás desses gambozinos...o calor do carinho, o calor de um abraço apertado, o calor de um brilho no olhar, o calor de um sorriso sincero...o calor do amor...o calor de poder fazer alguém feliz...

Sim...eu acredito que a maior felicidade está em fazer alguém feliz...está em concentrar todas as nossas forças e o nosso amor, só para fazer 'aquele alguém' sorrir...

Se ando à caça de gambozinos? Talvez, mas isso não me vai fazer desistir...
Dizem que eles não existem, que nunca ninguém os viu...mas também ninguém pode provar que os gambozinos não existem, pois não??

Moonshadow

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Vida...se fosse um verbo era conjugada no presente

"The secret of health for both mind and body is not to mourn for the past, worry about the future, or anticipate troubles, but to live in the present moment wisely and earnestly." - Buddha


Muitas vezes temos tendência a remexer no passado, no que nos magoou ou no que deixámos por fazer...
Outras vezes perdemos tempo demais a pensar no futuro, no que queremos que seja, no que temos medo que aconteça...colocamos mil hipóteses antes de agir, pesamos todos os contratempos que ainda não aconteceram e que podem nem vir a acontecer...

Na verdade, a vida é feita no presente, no hoje, aqui e agora! No momento em que o calor do Sol nos bate na cara, no momento em que vemos um pequeno sorriso na cara de alguém, no momento em que dizemos um doce e bem disposto "Bom Dia!"...
Porque não viver o presente, ser feliz nos pequenos momentos que nos preenchem. Porque não sorrir, aqui e agora. Porque não dar uma palavra bonita a alguém de quem gostamos? Porque não ajudar quem precisa...Hoje!!

Só quem sorri ao calor do sol, só quem passa e diz "olá" ao vizinho, só quem entra num supermercado e enche um saco para a instituição que está à porta...só quem vive, hoje, aqui, agora...sente e faz destes pequenos momentos as peças de um grande puzzle de felicidade!!!

Porque pensar no passado não o vai mudar...porque o futuro só se faz se formos vivendo o presente da melhor forma que soubermos...

"A grande arte da vida é fazer da tua vida uma obra de arte. Tudo, tudo depende de ti!"

Aqui e agora, um sorriso para todos =)

Moonshadow

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Unexpected

I have never felt like this
For once I'm lost for words
Your smile has really thrown me.
This is not like me at all
I never thought I'd know
The kind of love you've shown me.

Now, no matter where I am
No matter what I do
I see your face appearing
Like an unexpected song
An unexpected song
That only we are hearing

I don't know what's going on
Can't work it out at all
Whatever made you choose me?
I just can't believe my eyes
You look at me as though
You couldn't bare to lose me.


Now, no matter where I am
No matter what I do
I see your face appearing
Like an unexpected song
An unexpected song
That only we are hearing


Unexpected Song - do musical Song and Dance - Andrew Lloyd Webber


Inesperado...porque nunca esperamos que a nossa vida dê uma volta, porque quando estamos no fundo de um poço escuro nunca pensamos que de repente podemos ser puxados para a luz de novo...


Inesperado porque acontece de repente, porque nunca sabemos bem onde encontramos forças para trepar as paredes do poço e resistir ao musgo escorregadio...


Inesperado por ser algo novo, ou por ser algo há muito esquecido...


Inesperado porque nunca ninguém disse que a vida era linear, porque quando ouvimos o trovão nunca esperamos que o raio nos caia em cima...


E quando é inesperado...não há palavras, não há chão...há uma reacção que nunca sabemos qual é...e é sempre tão inesperada...


Moonshadow

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Por Lisboa, de olhos postos no Castelo

Às vezes, tudo o que precisamos é de um gatilho que nos dispare a vontade...Esta semana tive um desses gatilhos, e hoje disparei a vontade de voltar a ser turista na minha cidade.

De olhos postos no Castelo, deixei o meu coração guiar-me por Lisboa. Depois da viagem de eléctrico em que não podia faltar a cusquice da 'vizinha' e a máquina fotográfica entusiasmada do turista, parei em frente à Igreja de Santo António...e aí comecei, pela imponência pacífica da Sé de Lisboa. Subi directa ao Miradouro de Santa Luzia...e fiz a minha paragem para almoçar, convenientemente sentada em cima do muro, a digerir a vista da cidade. Sempre a subir, que a colina não perdoa, chego ao Castelo...e deixo os meus sentidos andarem lado a lado com o meu coração. Rendida à cidade, apaixonada pelo ar que respiro...os meus ouvidos deleitam-se aos vários sons que me vão rodeando, do tão típico fado, que sai de uma pequena loja, à doce guitarra dentro das muralhas do Castelo...Deito-me à redescoberta daqueles recantos com uma vista que é um regalo para os olhos...e à saída viro à esquerda, pelas ruas estreitas que rodeiam o Castelo. Ruas em que não falta a 'Tia Maria' à janela, em que não faltam os putos do bairro armados em rufias nem faltam os piropos sempre originais dos homens das obras...
Viro nas ruas que o meu coração aponta e vou soltando a alma...até voltar ao rebuliço da Baixa...

Posso gostar de Paris, posso gostar de Barcelona posso querer visitar Milão, Florença, Veneza...

No meu coração apenas uma cidade está gravada com toda a paixão...a minha cidade...

Esta Lisboa que eu amo!!!

Moonshadow


Fotos em: http://www.facebook.com/album.php?aid=283172&id=657777018

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O que é o amor?

Há uns anos escrevi um texto...numa das minhas fases "baralhadas". Admito que se o escrevesse hoje ia expressar-me de outra forma...talvez usasse outras palavras...mas no fundo, acabava por dizer o mesmo.


Ontem encontrei esse texto, perdido no meio dos documentos do meu computador...

"O que é o amor? Talvez seja uma disfunção mental do ser humano que provoca comportamentos estranhos e reacções involuntárias. Ou isso será a paixão? Então, o que é a paixão? O desejo, o impulso, aquele sentimento selvagem que nos faz revirar o estômago. Mas isso não é o amor? E o amor não é aquela vontade de estar junto da “vítima amada”? Não é o simples ficar a olhar tempo sem fim para essa pessoa, com um sorrisinho tolo estampado nos lábios? Não é uma serenidade que nos faz esquecer raivas, ódios, mágoas, o stress diário, só de ter alguém a ocupar o nosso pensamento? Não será o simples facto de ter uma “personagem” a pairar na nossa mente desde que acordamos até que adormecemos e por vezes até enquanto sonhamos? Ou tudo isto é paixão? Ou será que paixão e amor são o mesmo sentimento em duas vertentes diferentes, física e espiritual? Porque também podemos dizer que amamos os nossos amigos, mas só podemos dizer que desejamos a pessoa por quem estamos apaixonados.
            Então o que é o amor? O que é a paixão? Serão sentimentos muito diferentes ou será que se (con)fundem um com o outro?
            Então como é que alguém pode saber se ama, se encontrou esse ideal que é o “verdadeiro amor”? Será que se sente o famoso formigueiro na barriga? Ou será que se sente o não menos famoso “arrepio na espinha”? Que arrepio será este? Será que ficamos com pele de galinha ou simplesmente trememos dos pés à cabeça? Diz-se que os arrepios são sinal de febre, portanto o “verdadeiro amor” pode ser uma doença. E esse tal “verdadeiro amor”corresponderá à chamada “alma gémea”? Diz-se que todos temos uma, mas afinal, o que é uma “alma gémea”? Se é gémea quer dizer que é semelhante a outra, supostamente estamos a falar de duas pessoas parecidas na maneira de ser, com gostos parecidos e com atitudes idênticas. Mas diz-se por aí que os opostos se atraem, logo, duas pessoas muito parecidas não seriam “almas gémeas”. E duas pessoas muito diferentes, com gostos distintos e atitudes opostas poderão ser “almas gémeas”? Ou passariam dias inteiros a discutir sobre tudo e nada? Afinal, “almas gémeas” para serem realmente gémeas não podem ser semelhantes mas também não podem ser totalmente diferentes. Que dizer então de alguém apaixonado que acha que encontrou alguém que ama, a quem chama “o seu verdadeiro amor” e que considera ser “a sua alma gémea”? É um ser lunático e febril, com alucinações e comportamentos loucos? E os loucos não serão todos mais saudáveis que os que se dizem saudáveis? Afinal, o amor é uma loucura saudável ou seremos todos loucos por pensar que amamos?
            O que é o amor? O que é a paixão? O que são “almas gémeas”? Talvez sejam questões que vão ficar eternamente sem resposta, mistérios insondáveis do ser humano."

Moonshadow

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Deixa-me ficar...

Não digas nada...deixa-me estar assim...
Não te mexas...deixa-me ficar aqui...
Não perguntes porquê, eu não vou responder...

Deixa-me ficar aninhada...enrolada na manta e no calor...
Deixa-me ficar calada...a ouvir o silêncio e o bater do meu coração...
Deixa-me ficar quieta...não quero sair daqui...

Porque é assim que estou bem...
Porque é assim que me sinto protegida...
Porque assim o medo vai embora...

Medo...esse que tem sido companheiro de tanto tempo...
Tenho medo de ilusões,
Tenho medo de sentir,
Tenho medo de ficar e medo de ir embora,
Tenho medo que os fantasmas me prendam,
Tenho medo de não me conseguir soltar...

Por isso...deixa-me estar...deixa-me ficar assim...
Porque assim o medo não me consegue tocar...

Moonshadow

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O silêncio...que também pode ser ouro...

"Silêncio é uma ausência de som, incluindo o estado de quem se cala ou se abstém de falar."


Silêncio...olha-me nos olhos e ouve o que dizem...
Silêncio...canta na melodia silenciosa de um sorriso...
Silêncio...porque em silêncio falamos directamente ao coração...
Silêncio...em silêncio apenas...sem uma só palavra...
Silêncio...porque tenho medo que qualquer som possa destruir algo tão delicado...
Silêncio...porque só em silêncio sinto...
Silêncio...porque é em silêncio que o coração e a alma se entendem melhor...


Shhhh!!!


Moonshadow

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Bichos

Há duas noites deitei-me a pensar...é nisto que acabam as insónias, pensamentos soltos mas que acabam por ir construindo um puzzle que até faz sentido.

Sempre fui uma daquelas pessoas que adora cães...de certa forma sempre me identifiquei com aquilo que representam: fidelidade, amizade, atenção, carinho. Mas nas voltas da vida comecei a adoptar uma postura mais...como um gato...aquela independência mascarada, que me faz voltar ao ninho depois de vaguear, o mistério da sedução, a provocação subtil. Na verdade deixei de ser eu, para ser alguém que existia dentro de mim mas que eu nunca tinha conhecido. Até ao dia em que me senti...como um pardal numa gaiola...tinha asas mas não me deixavam voar, em vez se cantar só tinha um vago lamento triste que saía lentamente...

Hoje olho para mim e sei que afinal, sou uma mistura de tudo isto...foi tudo o que vivi que me fez como sou, e o que vou ser, só a vida o dirá...

E é curioso...o cão e o gato até se dão bem, uniram forças e soltaram o pardal, que agora voa e canta, saltitante...

Conclusão ensonada...tirada já fora de horas:
Sou realmente um bicho estranho...

Moonshadow

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Um outro ponto de vista

O medo é uma coisa fantástica, quando misturado com a força de vontade... Obriga-nos a procurar a parte boa das coisas...mesmo das que parecem más...

Assim percebi que:

Se sofri, foi porque tinha algo para aprender - cresci.
Se fiquei triste, foi porque de facto senti algo forte - e eu sempre gostei de emoções fortes.
Se chorei, foi porque um dia, em qualquer altura sorri e fui feliz.
Se sinto saudades, é porque valeu a pena.
Se sinto raiva é porque deixou de valer a pena.

Se tenho medo de abrir o meu coração, é porque pelo menos tenho vontade de voltar a amar.
Se tenho receio de magoar alguém, é porque apesar de tudo não perdi a sensibilidade.
Se desconfio, é porque sinto necessidade de me proteger.

Se olho para a frente e vejo apenas um ponto...é porque ao fundo do túnel há uma luz...

E se o céu à noite é escuro...é porque só quando estamos na escuridão é que conseguimos encontrar estrelas...=)

Moonshadow