sábado, 8 de maio de 2010

Silêncio...

Grito (um excerto)

Silêncio!
Do silêncio faço um grito
O corpo todo me dói
Deixai-me chorar um pouco.

De sombra a sombra
Há um Céu…tão recolhido…
De sombra a sombra
Já lhe perdi o sentido.

Ao céu!
Aqui me falta a luz
Aqui me falta uma estrela
Chora-se mais
Quando se vive atrás dela.

(...)

Solidão!
Que nem mesmo essa é inteira…
Há sempre uma companheira
Uma profunda amargura.

(...)


Quando o silêncio é a nossa única resposta, estar só a única vontade...

Quando me apetece fechar um casulo, e ficar só à espera que algo de melhor aconteça.

Quando isolar-me do mundo parece a única solução para a tristeza que sinto...

Porque não estás, porque não falas, porque não queres o mesmo que eu...

Então percebo...

Não faz sentido, não consigo respirar, não consigo sorrir, não consigo sonhar...

Perdeu-se o brilho nos meus olhos, e se brilharem é das lágrimas que carregam...

Estou cansada de estar só, sinto-me fria, vazia, abandonada no mundo...

Atrás de mim já não há nada...à minha frente não há luz...não vejo o caminho...não consigo dar um passo sem ter medo de cair...

A mente já está fraca, o corpo já não aguenta quedas...resta-me ficar aqui...só, fria, vazia...no casulo do meu quarto, no conforto da minha almofada...

E o sangue ferve-me nas veias quando penso em tudo o que queria...tudo o que desejo...sinto-me viva e ao mesmo tempo tão inerte...

De ti, nem uma só palavra, nem um sinal apenas...de ti o silêncio...do teu silêncio o meu grito...a minha tortura...

Estou cansada, sinto-me sem força e sem armas para lutar...

Moonshadow

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